Mostrando postagens com marcador Fisiologia do Exercício. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fisiologia do Exercício. Mostrar todas as postagens

Fortalecimento dos músculos pode substituir cirurgia nos joelhos


Pesquisadores analisaram recuperação após substituição do joelho.Resultados saíram no periódico Arthritis Care and Research.

Um novo estudo sugere que um programa cuidadosamente focado de fortalecimento muscular pode fazer uma importante diferença em como os pacientes se recuperam de uma cirurgia de substituição de joelho. Pacientes que se submeteram a seis semanas de fortalecimento muscular progressivo focado no quadríceps se saíram muito melhor que pacientes que receberam o tratamento convencional. O estudo aparece na edição de fevereiro da publicação "Arthritis Care & Research". De acordo com o estudo, quase 500 mil substituições de joelho são realizadas anualmente nos Estados Unidos. Enquanto os procedimentos reduzem a dor e devolvem grande parte da mobilidade, os pacientes muitas vezes relatam que ainda enfrentam problemas com movimentos como andar e escalar. Para o estudo, mais de 200 pacientes foram divididos em três grupos e receberam diferentes tratamentos por cerca de quatro semanas após a cirurgia. Um grupo recebeu tratamento convencional, incluindo reabilitação interna e fisioterapia. Outro recebeu o fortalecimento de quadríceps. O terceiro recebeu o fortalecimento de quadríceps, combinado com estímulos elétricos para contrair os músculos. Enquanto os estímulos elétricos não pareceram fazer diferença, disseram os pesquisadores, o fortalecimento muscular aparentemente trouxe os pacientes de volta a um nível de funcionamento quase normal para sua idade.

Exercício melhora qualidade de vida das mulheres na menopausa

São Paulo - Pesquisa multidisciplinar realizada na Universidade de São Paulo (USP) constatou que a prática regular de atividade física foi mais eficiente para melhorar a qualidade de vida de mulheres na menopausa do que o tratamento com reposição hormonal, combatendo os sintomas típicos do período, como indisposição, fadiga, irritação, insônia, dores no corpo e ondas de calor. O trabalho, que envolveu as Faculdade de Educação e de Medicina, acompanhou 44 mulheres entre 45 e 58 anos.
Parte das mulheres que participaram da pesquisa entrou naturalmente na menopausa e o restante retirou o útero. Durante seis meses, elas tiveram o estado de saúde monitorado pelos pesquisadores e preencheram questionários sobre como estavam se sentindo no período. Para perceber o impacto dos exercícios, as mulheres foram divididas em quatro grupos - o que fez atividade física e tomou hormônios; o que se manteve sedentário e tomou hormônios; o que fez exercícios e tomou placebo; e, por fim, o que ficou sedentário e tomou placebo. A atividade física foi uma hora de bicicleta ergométrica três vezes por semana.
“O que aconteceu foi que somente as que fizeram exercícios tiveram melhora na qualidade de vida”, explica Carolina Kimie Moriyama, uma das autoras da pesquisa, que foi publicada no periódico científico Journal of The North American Menopause Society. Segundo ela, as explicações estão relacionadas à liberação de endorfina, substância que provoca sensação de bem-estar, e ao efeito psicológico da interação com outras mulheres, aumentando assim o apoio social e a autoestima.
Fonte: Abril.com.br

Atividade Física e Diabetes Mellitus


A atividade física é um fator importante do tratamento do Diabetes Mellitus, e contribui para melhorar a qualidade de vida do portador de diabetes. Mais ainda, atuando preventivamente e implantando um programa de promoção da atividade física,dieta sã e equilibrada, assistência médica, educação do paciente e da equipe sanitária, pode se reduzir significativamente a incidênciado diabetes do tipo 2 e das complicações associadas.Segundo um estudo de Helmrich et al.,o risco de diabetes do tipo 2 aumenta à medida que aumenta o IMC (índice de massa corporal), e,ao contrário, quando aumenta a intensidade e/ou a duração da atividade física, expressa em consumo calórico semanal, esse risco di-minui,especialmente em pacientes com risco elevado de diabetes. Tal como ocorre em pessoas não diabéticas,a prática regular de exercício pode produzir importantes benefícios a curto, médio e longo prazo. Esses benefícios estão enumerados na Tabela seguinte.


Benefícios da atividade física a curto,médio e longo prazo:

- Aumenta o consumo da glicose.
- Diminui a concentração basal e pós-prandial da insulina.
- Aumenta a resposta dos tecidos à insulina.
- Melhora os níveis da hemoglobina glicosilada.
- Melhora o perfil lipídico
- Diminui os triglicerídeos.
- Aumenta a concentração de HDL-colesterol.
- Diminui levemente a concentração de LDL-colesterol.
- Contribui na diminuição da pressão arterial.
- Aumenta o gasto energético
- Favorece a redução do peso corporal.
- Diminui a massa total de gordura.
- Preserva e aumenta a massa muscular.
- Melhora o funcionamento do sistema cardiovascular.
- Aumenta a força e elasticidade muscular.
- Promove uma sensação de bem-estar e melhora a qualidade devida.

Dentre os benefícios à curto prazo, o aumento do consumo de glicose como combustível por parte do músculo em atividade, contribui para o controle da glicemia.

O efeito hipoglicemiante do exercício pode se prolongar por horas e até dias após o fim de exercício. Esta resposta metabólica normal pode ser alterada durante os estados de extrema deficiência de insulina ou excesso da mesma, o que é responsável por um risco maior de hipoglicemia e/ou hiperglicemia e ocorrência de cetoacidose. Por essa razão,a prescrição de atividade física para melhorar o controle glicêmico em pacientes portadores de diabetes do tipo 1 (insulino-dependentes) foi motivo de discussão e controvérsias entre especialistas. O que é certo é que o uso freqüente de técnicas de auto-monitorização glicêmica e a implantação de insulinoterapia intensificada permitem ao paciente portador de diabetes do tipo 1 desenvolver estratégias e ajustes no consumo de carboidratos e doses de insulina, para poder participar de maneira mais segura em programade atividade física.

Prescrição de atividade física em paciente portador de diabetes do tipo 2 não apresenta dúvidas e é hoje, junto com perda de peso,uma das indicações das mais apropriadas para corrigir a resistência à insulina e controlar a glicemia nesse tipo de diabetes (que representa 90%dos casos), ainda mais se está associado à obesidade. Por outro lado, no diabetes do tipo 2 cujo tratamento está baseado só em dieta, raramente o exercício gera hipo ou hiperglicemia.

Os benefícios a médio e longo prazo, da prática regular de atividade física, contribuem para diminuir os fatores de risco para o desenvolvimento da doença cardiovascular (aumentado no paciente portador de diabetes), através das seguintes alterações: melhora doperfil lipídico,contribuição para a normalização da pressão arterial, aumento da circulação colateral, diminuição da freqüência cardíaca no repouso e durante o exercício.

No mais, independentemente das alterações fisiológicas que acompanham o exercício,também ocorrem alterações comportamentais que favorecem o cuidado e o auto-controle por parte do paciente, e conseqüentemente contribuem para melhorar sua qualidade de vida.

Como Medir sua Pulsação e Calcular a Zona Alvo de Treinamento

Segundo McARDLE et al(1997)," a capacidade aeróbica melhorará se o exercício for de intensidade suficiente para fazer aumentar a frequência cardíaca até pelo menos 70% da FCM". Apesar dos indivíduos pensarem que quanto mais intenso for o exercício melhor será para aprimorar o condicionamento, a idéia é falsa , pois, há um limiar onde o indivíduo não obterá ganhos adicionais. Por isso estabelece-se uma Zona Alvo de Treinamento com valores mínimos e máximos para melhor aproveitamento tanto cardíaco como no condicionamento físico geral , de acordo com a idade do indivíduo.



Cálculo da Frequência Cardíaca Máxima(fonte: Guedes, Guedes, 1995 e Filho, José Fernandes,1999)

Frequência Cardíaca Máxima (FCM) = 220 - idade da pessoa (Karvonen e col., 1957) - margem de abrangência (desvio padrão)+ ou - 10 até 25 anos e a partir de 25 permite-se uma abrangência maior de + ou - 12. Exemplo: FCM =200, abrangência de 210 limite superior e 190 limite inferior . *Conclusão= FCM pode oscilar de 190 a 210.



- Frequência Cardíaca de Reserva = FCM - FC Repouso

- Frequência Cardíaca Máxima = 205 - (0,42 x idade) (FCM para indivíduos destreinados - Sheffield et al.,1965)

- Frequência Cardíaca Máxima = 198 - (0,42 x idade) (FCM para indivíduos treinados- Sheffield et al.,1965)

- Frequência Cardíaca Máxima = 210 - (0,65 x idade) (FCM - Jones et al.,1965)

Segundo João Carlos Bouzas Marins, fisiologista do Laboratório de Performance Humana da Universidade Federal de Viçosa, MG, a Freqüência Cardíaca Máxima (FCM) não depende apenas da idade, mas também do sexo e o tipo de exercício. Dr. Nabil Ghorayeb, responsável pelo setor de Esporte da Sociedade Brasileira de Cardiologia, “a fórmula antiga traz riscos à saúde e estas novas são mais precisas”. Mas ele lembra que o exame ergoespirométrico ainda é a melhor forma para determinar o limite cardíaco.


Obs:FC repouso: Em repouso, conte os batimentos cardíacos de 1 minuto. Percentual de trabalho: Para queimar gordura, use 0,5 ou 0,65. Para a capacidade cardiorespiratória, use o valor 0,75.


Zona Alvo de Treinamento (Karvonen e col., 1957),o indivíduo deve procurar controlar seus batimentos entre a faixa mínima e máxima durante o exercício


FCM x 0,60 = frequência cardíaca mínima
FCM x 0,70 = frequência ideal na atividade aeróbica
FCM x 0,85 = frequência cardíaca máxima
FCT = [FCM - FCR (FCM - FC Repouso)] x INTENSIDADE (40%, 50%, 60%, 70%, 80%, 85%,90% ou 95% de acordo



Este é apenas um texto informativo, não deixe de consultar um médico para verificar sua saúde física e um educador físico para orientar no seu treino.